Tuesday, September 20, 2005

Fim

Wednesday, September 14, 2005

o amor é surdo

Não sei quem é que te enfiou essa ideia na cabeça. Tu és muito bom a falar ao telefone.

Tuesday, September 06, 2005

do prestígio do dr. Santana no país profundo

Aldeia da Longueira. Litoral Alentejano. Animação nocturna por conta de uma sucursal do circo Davide Cardinale. Entram os palhaços:
- Ontem estive na Lua.
- A sério, Batata? Então foste o primeiro palhaço a chegar à lua.
- Não, quando cheguei, já lá estava o Santana Lopes.

Iberismo

Soube hoje que, confrontado com a venda da TVI ao grupo Prisa, o Dr. Alberto João Jardim disse tratar-se da concretização do velho sonho judaico-maçónico, a União Ibérica. Mas, na realidade, esse sonho já foi concretizado há muito. Foi a conclusão a que cheguei quando, há uma semana, em Vila Nova de Mil Fontes, ouvi a língua que os carros de som utilizavam para anunciar a programação do Circo Cardinale.

Monday, August 29, 2005

Onde está?










Para a I., como quem diz até já.

Sunday, August 28, 2005

CMC

Há um ano, desejava casar. Ontem, casou-se mesmo.

Friday, August 26, 2005

«Apenas»?

Ouvi hoje, na TSF, que, de acordo com um estudo internacional, as medicinas alternativas não servem para nada, na medida em que actuam «apenas a nível psicológico».

Gentlemanship (2)

- Foi no dia do funeral do teu avô que comeste a tua prima, não foi?
- Não, foi no dia do funeral do meu tio. O meu avô era muito conservador.
- Pois, um homem deve comportar-se nos funerais de acordo com a ideologia do morto.

Gentlemanship (1)

Era tão educado que até a dormir cruzava as pernas.

Thursday, August 25, 2005

e o magrebe ali tão perto (2)

de um sms: «Estou deitado em tapetes persas a fumar tabaco com sabor a rosa por uma mangueira. A música é oriental. Isto é fortíssimo

Wednesday, August 24, 2005

e o magrebe ali tão perto

Em S. Petersburgo, o preço de uma pequena viagem de táxi começa nos 700 rublos e, com jeito, acaba nos 300.

Vida Pós-soviética

- I don’t know how they cope with mosquitoes.
- Well, I don’t know how they cope with Russian house music.

Tuesday, August 23, 2005

Dostoievski's drinking tour

Primeiro, Felicity chamou-me «party animal». Depois, confessou-me que estava a beber cerveja pela primeira vez na vida.


Disneyland avant la lettre.

Monday, August 22, 2005

(E o CDS era por uma sociedade sem classes

«Não tenho dúvidas de que o Belenenses está em consonância com a revolução e considera que, acima de tudo, é ao serviço de um Portugal efectivamente socialista (e não social democrata) que pensa e organiza todas as suas actividades. Não, a contra-revolução não entrará no nosso país através do Belenenses…»
Manuel Sérgio, Vice-presidente do Clube de Futebol Os Belenenses, O Século, 22.8.1975. Recordado hoje, trinta anos depois, por Adelino Gomes.)

Há duas semanas acordei assim:


La Nymphe et le satyre. Henri Matisse, no Hermitage, St. Petersburg.

Friday, August 19, 2005

da série "perguntas difíceis"


Do you want to ride?
Pergunta de uma jovem russa, a cavalo, na Avenida Nevsky. S. Petersburgo, 10 de Agosto.

Leninegrado (2)

- O Lenine dizia que a alegria é revolucionária.
- A propósito, ontem li que o Trotsky foi apanhado na cama com a mulher do Lenine.
- Pois, era a concretização do conceito de revolução permanente.

Leninegrado (1)

Admito que tenham falhado no Homem Novo, mas parece-me que acertaram na Mulher Nova.

Thursday, August 18, 2005

A amante estónia

(da série "personagens para a literatura do século XXI")

Tallinn

Sempre que ouvia alguém a falar em português sacava da pistola.

Dois países, um sistema

Quase metade da população da Estónia é russa.

Wednesday, August 17, 2005

A Báltica

Título para uma resposta de esquerda à revista Atlântico.

Helsínquia (2)


Woody Allen disse uma vez que o mundo se dividia entre os miseráveis e os horríveis. Esqueceu-se dos finlandeses.

Helsínquia (1)

Segundo o guia Lonely Planet, é em Helsínquia que se encontram os melhores restaurantes russos. Isto faz todo o sentido. Ao contrário dos russos, os finlandeses têm não só as condições subjectivas como também as objectivas.

Monday, August 08, 2005

Paredes brancas 3


Nadador.
Lado a lado com esta obra de arte

Friday, August 05, 2005

ouve-se: ministro acústico




Graças a um presente que, espero, tenha sido comprado sem desconto de um certo cartão.

Tuesday, August 02, 2005

Paredes brancas 2


Não podendo tê-lo(s) na minha parede estarei eu em Londres num fim de semana antes de Outubro.

Procura-se

Papelaria

Há uns dias recebi um simpático e provocatório presente comprado na Papelaria Fernandes com um desconto de sócio do Benfica. Parece que há lojas sérias associadas às ideias de Luís Filipe Vieira. A Papelaria Fernandes perdeu uma cliente e eu vou comprar cadernos e canetas para outras paragens. Aceitam-se sugestões.

Paredes brancas


Tantos metros quadrados de paredes brancas por preencher.

Monday, August 01, 2005

Não esquecer:

Sunday, July 31, 2005

Esperem por ele



«Mário Soares uma vez disse-me "Na vida as pessoas que se safam são as que são como os gatos: fazem e tapam logo". Eu não sou como os gatos, não tenho essa arte.»
Pedro Santana Lopes, Expresso, 30 de Julho de 2005

Poucas coisas me fariam adiar as férias. Uma entrevista de vida de Pedro Santana Lopes é uma delas. Na última edição do Expresso, à beira dos 50 anos, Santana faz novas revelações sobre o seu tema de sempre: claro, ele próprio e a sua circunstância.
Pedro Miguel de Santana Lopes nasceu em Lisboa, em 1956, no seio de uma família «remediada». «A minha mãe veio de famílias com mais história, a do meu pai era mais operária». No fundo, Santana Lopes é um produto da história do movimento operário. Da infância, Santana recorda com nostalgia o externato que frequentou. «Era muito engraçado, porque era só para rapazes, mas tinha três raparigas. Cada vez que tocavam à porta elas iam a correr para a despensa por causa da inspecção do ministério da Educação. Nunca me hei-de esquecer!» Sim, aquelas tardes passadas na despensa...
Por volta dos vinte anos, Santana Lopes e o seu amigo Zé Manel (Durão Barroso) foram viver juntos. «Juntos salvo seja», sublinha Santana, como se isso fosse necessário. «Ajudávamo-nos muito um ao outro. Eu mais na parte dos ovos, ele mais nos arrozes». Nessa altura, os dois companheiros já viajavam muito por essa Europa, em «actividades políticas». No entanto, fosse qual fosse o destino, faziam sempre escala em Madrid. Tinham lá «duas amigas enfermeiras»: a Mari Carmen e a Pilar. «Como nos esquecíamos do apelido delas, era sempre o mesmo drama: o hospital tinha pisos que nunca mais acabavam e nós tínhamos que fazer os andares todos à procura delas». A «Guida» (Margarida Sousa Uva, então namorada e actual mulher do Zé Manel) é capaz de não compreender isto, mas eu compreendo perfeitamente. Uma noite, também eu conheci uma enfermeira espanhola num bar do Bairro Alto. Esqueci-me não só do apelido como também do primeiro nome. Ainda hoje ando à procura dela.

Pedro Santana Lopes. A este nome associamos logo revistas do coração e vida social. «Estou em exposição permanente desde os 23 anos», confessa. Sucede que, ao contrário do que se possa pensar, ele não gosta particularmente da vida que leva. Mas não é precisamente essa vida «sempre em festa que atrai toda essa gente do teatro [que a gente vê nas campanhas]?», pergunta o Expresso. A resposta de Santana não é muito convincente: «A Eunice Muñoz tem idade de andar sempre em festas? Ou a senhora dona Mariana Rey Monteiro?». É que sobre a Eunice Muñoz eu não sei nada, mas, há uns anos, numa rave ali para os lados de Coimbra, uma amiga minha disse-me que estava a ver a dona Mariana Rey Monteiro a dançar em cima das colunas.
Esta fama de Pedro Santana Lopes deve-se, como é óbvio, à sua relação com «uma senhora de que há bocado falámos com quem vivi sete anos.» Exactamente: Cinha Jardim. A relação foi sempre algo atribulada. É o próprio Santana que o dá a entender. Quando se conheceram, essa «senhora de que há bocado falámos com quem vivi sete anos» atreveu-se a inquirir «o Pedro» sobre «um carro que teria levantado num stand e devolvido meses depois sem pagar». O método utilizado por Santana Lopes na reacção a esta pertinente questão levantada por Cinha constitui a resposta definitiva para aqueles que ainda não tenham percebido «qual é o segredo do gajo». Se não, vejamos: «Eu ouvi uma vez, ouvi duas e um dia cheguei a casa e disse "senta-te aqui". Como eu guardo tudo, mostrei-lhe os recibos, mês a mês. Ela já chorava e pedia "já não quero ouvir mais", e eu dizia, "não ainda só vamos em 1986. Vais ver mês a mês que é para nunca mais falares da história"».

Não se pense, contudo, que nesta entrevista não se falou de política. O Expresso também perguntou a Santana «qual foi o político estrangeiro que mais o marcou?». A resposta foi imediata: «Bill Clinton (risos). A sociedade americana é de um puritanismo falso, que dá espectáculos sórdidos, mas depois aquele assumir a dois foi de facto um espectáculo único». Assim sendo, sem um Kenneth Starr pela frente, Santana veio fazer um bonito «assumir a dois» no Expresso. E não há dúvida que, à sua maneira, esta entrevista também foi «um espectáculo único». Não só pelo que ficou registado atrás, como também pelo que veio acrescentar à história daqueles quatro meses que mudaram o país, um «espectáculo sórdido» para uns, um «espectáculo único» para quase todos.
Tudo começou com a leitura do discurso de tomada de posse, no dia 17 de Julho de 2004. Se fosse hoje, o ex-primeiro-ministro teria falado de improviso. Só não o fez porque «depois há partes que é obrigatório ler, como a política externa», e toda a gente sabe o que acontece quando Santana se põe a falar de improviso sobre política externa. Mesmo assim, com os papéis à frente, «Eu só via a cara do Ministro dos Negócios Estrangeiros a olhar para mim quando viu que saltei uma folhas... Foi uma cena pavorosa. O horror, o horror.» Igualmente intrigante, nessa cerimónia, foi a expressão de surpresa manifestada pelo «Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar». «Sabem como ele é com as caras dele?», justifica-se Santana. O Expresso insiste, quer saber mais. Santana não foge à pergunta; é como aquela música: "easy like sunday morning". «Foi público que houve a hipótese de Paulo Portas sair da Defesa na altura». Por outras palavras, Portas estava com cara de quem não sabia ao que ia. Ainda assim, o momento mais emocionante da sua passagem pela chefia do governo de Portugal terá sido «o dia em que cheguei da ONU, onde estive com Bush e Kofi Annan, e fui ao enterro do pai de um amigo meu e fiz questão de ir ter com a minha professora primária. Estive à conversa com ela durante uma hora, era primeiro-ministro, mas fui lá como aluno». Aliás, o problema de Santana foi basicamente esse: ele era primeiro-ministro, mas, frequentemente, «ia lá como aluno». Um dia, em Dezembro de 2004, foi ao Palácio de Belém como primeiro-ministro e saiu de lá como ex-.
A vida é assim. Injusta. E este homem, que deu tudo ao PPD/PSD, agora é maltratado pela direcção do seu próprio partido. Santana refere-se mesmo «aos do Santo Ofício», uma nova versão da "Spanish Inquisition" dos Monty Python, que, alegadamente, tomou de assalto o PPD/PSD. O vice-presidente Azevedo Soares é uma espécie de Cardinal Ximenez of Spain, só que sobre esse Santana não fala: «porque foi meu chefe de gabinete e porque se falasse era uma maçada...» É uma pena, mas fica para a próxima. «Esperem por mim», avisa.

Friday, July 29, 2005

Querido,

Quem remodela o blog sou eu: feminista e decoradora. Espero que estejamos entendidos.

(antes de ir de férias)

Querida, remodelei o blogue!

Go East


Life is peaceful there.

Thursday, July 28, 2005

O gosto dos outros


- Já vi esse filme quando estive em Madrid. É muito mau: pornografia com concertos de brit-pop pelo meio.
- Bem, posta a coisa nesses termos, não me ocorre combinação mais perfeita.


(A propósito: se aguentarem o filme até ao fim, não percam a seguir o debate "As fronteiras entre o cinema de autor e o cinema pornográfico". Esta sessão-debate realiza-se na próxima terça-feira, a partir das 22 horas, no cinema King. João Lopes, Pedro Mexia e João Miguel Tavares também vão lá estar, acompanhados por uma sexóloga inesquecível: a Doutora Erika Morbeck.)

Wednesday, July 27, 2005

Christine, o carro assassino


God, I hate rock n'roll.
(Ciclo: "O Cinema e as Máquinas Malucas", Cinemateca, Sala Luís de Pina, 22h)

Friday, July 22, 2005

série "sociólogas inesquecíveis" (número zero revisitado)


There is a moment in Eyes Wide Shut, as Bill Harford is lying to his wife over a cellphone from a prostitute's apartment, when we see a textbook in the foreground titled Introducing Sociology.
Tal facto deixou o Ivan e o Tim Kreider compreensivelmente impressionados.

Wednesday, July 20, 2005

Happy Birthday, Sam!

série "sociólogas inesquecíveis" (7)

Tuesday, July 19, 2005

de um email:

Se continuares a postar coisas dessas, ainda acabas por ser contratado pelo serendipismos.

Frases que impõem respeito

Fui Miss Silves em 1987.

Monday, July 18, 2005

série "sociólogas inesquecíveis" (6)

Red House Painters
Summer Dress

Summer dress makes you more beautiful than the rest
Loveliest girl that I know, and the sweetest
Spends her life inside, she thinks she isn't blessed
Summer dress separates you from the rest
Easiest days of her life have been spent
Wonders if she is loved, if she is missed
Says a prayer as she's kissed by ocean mist
Takes herself to the sand and dreams
Says a prayer as she's kissed by ocean mist
Takes herself to the sand and dreams

Sunday, July 17, 2005

mostre a ele como é que é

«Tire o Curso [de Literatura Brasileira], tire o Curso, amigo leitor. Sem ele só vê voos charter, resorts, caiprinhas, "bundas" e sol. Acho que é isto que se vê, porque nunca vi.»
Pacheco Pereira, Revista Sábado, 15 de Julho

ideias para pensar

- A revista Xis diz que «está por provar que as pessoas mais bonitas são mais felizes».
- Pois, mas está mais que provado que as pessoas mais bonitas tornam-me mais feliz.

Thursday, July 14, 2005

American Tune

I,
Regra nº 1 nessas magníficas tardes: Original Sound Track.

American Tune
Many's the time I've been mistaken
And many times confused
Yes, and I've often felt forsaken
And certainly misused
Oh, but I'm alright, I'm alright
I'm just weary to my bones
Still, you don't expect to be
Bright and bon vivant
So far a-way from home, so far away from home

And I don't know a soul who's not been battered
I don't have a friend who feels at ease
I don't know a dream that's not been shattered
or driven to its knees
but it's alright, it's alright
for we lived so well so long
Still, when I think of the
road we're traveling on
I wonder what's gone wrong
I can't help it, I wonder what has gone wrong

And I dreamed I was dying
I dreamed that my soul rose unexpectedly
And looking back down at me
Smiled reassuringly
And I dreamed I was flying
And high up above my eyes could clearly see
The Statue of Liberty
Sailing away to sea

And I dreamed I was flying
We come on the ship they call the Mayflower
We come on the ship that sailed the moon
We come in the a-ge's most uncertain hours
and sing an American tune
Oh, and it's alright, it's alright, it's alright
You can't be forever blessed
Still, tomorrow's going to be another working day
And I'm trying to get some rest
That's all I'm trying to get some rest

Lisboa - Nova Iorque

Caríssima,
O Filipe censurou, como uma terrível ameaça que te conto no teu regresso, o meu post de resposta. Segue via e-mail. Ate já!

Monday, July 11, 2005

A crise das instituições



Hoje, na agência de viagens:
- Local de trabalho?
- Assembleia da República.
- (risos) Desculpe, mas não me consegui conter.

série "sociólogas inesquecíveis" (5)


Margarida Marinho. Licenciada em Sociologia pelo ISCTE (1991). É actriz nos Artistas Unidos.

Friday, July 08, 2005

Cara ou Coroa

Os clubes de futebol, a cerca de um mês de começar o campeonato, e apesar de prolongadas e acesas reuniões ainda não se conseguiram decidir pelo sorteio de arbitros ou pela sua nomeação. A melhor forma talvez seja chegar ao dia do primeiro jogo e decidir por moeda ao ar. Na luz hão-se rezar pela coroa da nomeação.

Wednesday, July 06, 2005

«saca-mulas»*


* deste o meu pipi nunca falou

Novas Fronteiras

A isto eu chamo um choque tecnológico.