Friday, April 22, 2005

José...

A eleição do novo Papa representou, para nós, mais um grande momento de exaltação patriótica. Quando saiu fumo branco da chaminé do Vaticano, todos os canais de televisão entraram em directo. A expectativa era grande. No sítio onde eu estava, uma senhora explicava, de um ponto de vista teológico, o facto de se saber o nome (Bento XVI) antes de se conhecer a pessoa: «É como com os bébes; antes de nascerem, já se sabe o nome». Naturalmente condicionada pelas fontes do Guardian (e pelas proezas do Mourinho), uma das repórteres pôs-se automaticamente a traduzir, quando ouviu anunciar o nome do Cardeal «escolhido pelo Espírito Santo» (um grupo financeiro português muito importante): «Joseph»... «José», disse ela... Suspense... «Ratzinger»... Merda, perdemos. Ratzinger não significa Policarpo em alemão. Parafraseando o prof. Espada, em amena cavaqueira com «o Tim»(othy Garton Ash), «é nestes momentos que percebemos porque é que não deitamos fora a televisão». Filipe